terça-feira, 23 de março de 2010

Os primeiros textos

Os primeiros textos postados neste blog, foram publicados no jornal o Rebate, do qual fui colunista, entre 2005 e 2007.

Como não havia como postar todos (confesso que nem tenho mais acesso a todos, já que o site do jornal foi remodelado, e eu, na época, mandava os artigos sem rascunho, e sem salvar cópias), separei apenas aqueles que significavam mais para mim e que, depois de alguns anos, continuavam se impondo, ainda que mencionando fatos que ficaram no passado, uma vez que o assunto é sempre presente (torço para que não venha também a ser futuro).

Divido com vocês a época em que militava não só em palavras, como em ações, posturas, decisões. Não deixei de ter as mesmas opiniões, embora o tempo e as circunstâncias acabem abrandando todas as chamas, e aparando as arestas mais obtusas. Minha inclinação continua sendo visivelmente para o mesmo lado, o esquerdo, só faço a curva de forma menos fechada.

A luta jamais termina. A indiferença jamais domina.

Assim que terminar de postar os textos antigos, começo com os mais atuais, aí sim, em ritmo regular de blog, comentando os acontecimentos que nos cercam.

Para quem não reconheceu a homenagem do título, é uma frase da mais bela canção que conheço, "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré. A música, que se tornou o hino do não-conformismo, da não-redenção à injustiça, ao poder à força, ao absurdo, tem, nessas palavras, exatamente o motivo pelo qual escrevo, nesse blog, minhas idéias, opiniões, impressões, proposições. Não há qualquer um de nós que não seja diretamente responsável pela manutenção ou pela mudança da realidade que vivemos. Por isso, não podemos dizer que não fazemos parte da luta, que é por um todo que integramos. Se não quisermos lutar, ao menos temos que admitir nossa posição de desertores! Afinal, somos sim, parte dos fronts de batalha. Somos todos soldados, armados ou não.

Que usemos nossa melhor munição, a inteligência, da forma mais adequada.